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Intercâmbio entre atletas tchecos e brasileiros

(This article expired 15.01.2016.)

Períodos de treinamento conjunto e workshops com técnicos são propostas da República Tcheca para promover o intercâmbio com atletas brasileiros.


Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, recebeu o Primeiro secretário da Embaixada da República Tcheca em Brasília, Viktor Dolista, para um debate inicial de propostas para aumentar o intercâmbio entre os atletas dos dois países. Foram discutidas possibilidades de agenda para palestras e workshops com campeões e ex-campeões mundiais e olímpicos do país europeu, que viriam ao Brasil, assim como a ida de brasileiros para períodos de treinamento na República Tcheca.

Atletismo e canoagem são, em princípio, os esportes com os quais os tchecos poderiam começar o trabalho com os brasileiros. No caso do atletismo, o lançamento do dardo é,tradicionalmente, de grande destaque internacional. Jan Zelezny, por exemplo, foi o “responsável” pela mudança do centro de gravidade do dardo, pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), porque suas marcas já estavam perto de atravessar o campo e atingir arquibancadas dos estádios.

Zelezny é detentor, desde 1996, do recorde mundial do novo dardo, homologado naquele ano: 98,48 m, marca alcançada em 1996, na cidade de Jena, na Alemanha. “Hoje, como técnico, poderia vir ao Brasil para dar palestras ou mesmo participar de treinamentos com brasileiros”, diz Viktor Dolista, que acredita no esporte como “excelente ferramenta” para desenvolver as relações entre países.

O secretário da Embaixada explica que ainda seria possível a vinda de grupos de atletas ao Brasil, para treinamentos conjuntos. Os tchecos contam com Bárbora Spotakova, recordista mundial do dardo desde 1991, quando alcançou 72,28 m em Stuttgart, na Alemanha, e que é a atual campeã olímpica – foi ouro em Londres 2012 com 69,55 m. “Os brasileiros também poderiam ser recebidos em nossa Associação de Clubes do Exército. Além do dardo, temos grandes atletas nas provas com barreiras, no decatlo...”

Projeto da pista de canoagem de 2016 é tcheco

Outro esporte de tradição e resultados da República Tcheca é a canoagem slalom. Não à toa, é a Universidade de Praga que está elaborando o projeto da pista que será construída no Rio de Janeiro, para os Jogos Olímpicos de 2016, da mesma forma que fez para Londres 2012.

Da mesma forma que no atletismo, os tchecos poderiam vir para treinar em pistas de canoagem no Brasil e receber brasileiros por lá, segundo Viktor Dolista. “Será uma questão de identificarmos aqueles que têm interesse e vermos as melhores datas, em acordo com os técnicos dos dois países.”

Para o secretário Ricardo Leyser, além de receber os grupos de atletas para treinar, também se poderia pensar em trazer técnicos para morar no Brasil: ”Nossa estrutura esportiva era bem antiga. Mas agora estamos montando uma boa estrutura no Brasil. No atletismo, por exemplo, estamos com pistas novas, já sendo utilizadas. Queremos chegar a 2016 com 53 pistas certificadas pela IAAF e, assim, diminuir a distância entre os equipamentos e a população”.

Apesar do governo federal ser financiador do esporte e não executor, como explica o secretário, há interesse na proposta da Embaixada da República Tcheca: “A Secretaria de Alto Rendimento poderia ajudar na apresentação dos tchecos a representantes de Confederações Brasileiras de vários esportes, para que fossem estudadas formas de se desenvolver esse intercâmbio”.

 

Viktor Dolista, da Embaixada da República Tcheca, esteve no gabinete do secretário Ricardo Leyser (à direita) para debater propostas de intercâmbio entre atletas dos dois países

 

Texto e fotografia: Denise Mirás, Ministério do Esporte