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Photo: (@MZV)
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Inaugurada exposição sobre Václav Havel

A Embaixada da República Tcheca em Brasília convida a todos para a exposição "Václav Havel na metamorfose da Europa" que foi oficialmente inaugurada no dia 29 de novembro de 2016 no SESC de Brasília.

 

Na inauguração da exposição estiveram presentes representantes do corpo diplomático, compatriotas tchecos e membros da comunidade brasiliense. O Embaixador da República Tcheca no Brasil, Exmo. Sr. Jiří Havlík agradeceu a todos os presentes, apresentou a exposição, assim como o seu protagonista Václav Havel, primeiro presidente da República Tcheca. O embaixador desejou à exposição grande sucesso e ao público uma agradável experiência cultural.

A exposição estará aberta ao público até o dia 12 de dezembro de 2016.

A exposição Václav Havel na metamorfose da Europa apresenta uma série de fotografias do fotógrafo tcheco Oldřich Škácha, que acompanhou a vida do ex-presidente da República Tcheca, uma dos maiores personagens da história tcheca recente.

As imagens mostram momentos significativos da vida e do trabalho de Václav Havel desde a sua atividade política como escritor e dissidente durante as décadas de setenta e oitenta. Nessa época o regime totalitário da antiga Tchecoslováquia “foi normalizado“ depois da ocupação pelo exército soviético que, em agosto 1968, acabou com a Primavera de Praga e com o sonho do socialismo “com face humana”. Conhecido já muito antes da Revolução de Veludo, Havel tornou-se um dos personagens mais notáveis da oposição ao regime comunista, ganhando respeito também fora do país como um defensor dos direitos humanos. Pela sua escrita e pela atividade em torno da Carta 77, um manifesto público contra as condições políticas, assim como no Comité pela Defesa dos Injustamente Processados, foi preso, condenado repetidamente e perseguido continuamente pelas autoridades totalitárias tchecoslovacas.

Destacam-se os registros emocionantes das manifestações na Praça Venceslau, em Praga, em novembro de 1989, nas quais Václav Havel teve um papel fundamental. Depois do regime comunista, que durou quarenta e um anos, ouvia-se nas manifestações “Havel ao Castelo“ como um dos motes dos povos tcheco e eslovaco, expressando o desejo de que o mesmo se tornasse presidente. Depois da queda da Cortina de Ferro, ainda no mesmo ano, é eleito por unanimidade pela Assembleia Federal como primeiro presidente democrático da Tchecoslováquia e, posteriormente, da República Tcheca.  Além do lado dissidente e político, a câmara do conceituado fotógrafo Škácha captou o lado do escritor e dramaturgo, assim como alguns momentos públicos e privados na companhia da sua primeira esposa Olga e, mais tarde, com a segunda esposa e atriz Dagmar.

Pela política e a escrita unidas, Václav Havel é reconhecido pela sua obra dramática de estilo particular. Os dramas de poucos atos, com características de teatro absurdo e uma plêiade de personagens banais mas com mensagens profundas sobre a situação do homem, eram proibidos pelo antigo regime. Eram encenados livremente no estrangeiro, mas na Tchecoslováquia, tinham que ser apresentados clandestinamente em apartamentos-teatros. Hoje em dia Václav Havel é o dramaturgo tcheco com mais encenações no estrangeiro. Ao longo da vida Havel escreveu também uma numerosa série de ensaios, sendo esse género um dos seus fortes instrumentos de expressão política.

No Brasil existem três edições traduzidas da obra de Václav Havel. Em 2010 foi publicada a coletânea Poesia e Teatro (Editora Annablume) que inclui os dramas Confraternização de Jardim e Largo Desolato e a compilação de poemas concretos Anticódigos, tratando-se da única tradução feita diretamente da língua tcheca. Em 1992 foi publicada a tradução de Cartas a Olga (Editora Estação Liberdade), uma coleção de cartas de Václav Havel enviadas da prisão à sua esposa. Em 1991 foi publicada a tradução da Entrevista à distância (Editora Siciliano) de Václav Havel com o jornalista Karel Hvížďala, adquirida nos anos 1985-86.

Galeria


Exposição - Václav Havel