Na próxima sexta-feira, 2 de agosto, a Casa Thomas Jefferson apresenta o Sexteto Martinu que presta um tributo ao compositor tcheco Bohuslav Martinu. No repertório, a reconhecida coletânea para piano e sopros do musicista que nasceu em 1890 em Policka, Boêmia. Martinu, depois de ter sido violinista na Orquestra Filarmônica Tcheca partiu para França, onde trabalhou com um grupo de músicos estrangeiros conhecido como Escola de Paris. Então, embarcou para os Estados Unidos da América para fugir da invasão nazista, onde o compositor se tornou cidadão norte-americano e lecionou na Universidade de Princeton, New Jersey.

Dois grupos musicais diferentes, integrados por experientes músicos da cidade, se uniram para formar o Sexteto Martinu: o Nós nas Madeiras e o Trio 2+1. O Trio 2+1 é formado pela pianista Ana Amélia Gomide, professora aposentada da Escola de Música de Brasília; o oboísta Vaclav Vinecky, primeiro oboé da Orquestra Sinfônica de Teatro Nacional Claudio Santoro; e o fagotista Flavio Figueiredo, primeiro fagote da mesma orquestra. O grupo Nós nas Madeiras é formado pelo flautista Sidnei Maia, o clarinetista Fernando Machado e a fagotista Cristina Porto, todos professores aposentados da Escola de Música de Brasília.

Além da coletânea de Martinu, o programa contempla um trio do compositor francês Francis Poulenc e um trio do compositor norte-americano Walter Piston. Os dois grupos se apresentam separadamente, tocando as obras de Poulenc e Piston. Depois, se unem, resultando na formação instrumental necessária para a execução do Sexteto de Martinu. Uma particularidade do concerto preparado pelo Sexteto é a formação instrumental, que combina o piano com um quinteto de sopros. Tradicionalmente constituído por flauta, oboé, clarineta, trompa e fagote, nesta peça o quinteto foi ligeiramente modificado, tendo no lugar da trompa um segundo fagote.